Tem uns anos este poema, escrevi-o em 2000...
É o que dá mexer no baú metafórico das arrumações:
encontramos sempre aquilo que imaginávamos já nem existir!
É bom recordar, é bom recordar-te!
"Foi numa noite de luar que tudo aconteceu...
Não havia orquestra,
Não serviam champanhe,
Apenas havia o murmúrio das ondas
Mas eu nunca mais pude esquecer!...
A chuva começou a cair,
Tu disseste que não podias esperar mais,
Que aquele era o momento ideal
E declaraste-te ali mesmo,
Sem preparação,
Sem aviso,
Tudo feito num repente.
Por entre gotas de chuva e palavras de amor,
Apanhando-me completamente de surpresa,
Como que por magia,
Apareceu na tua mão trémula uma flor -
A flor que me ofereceste e que eu guardo como um tesouro!
Foi então que os nossos lábios trémulos se tocaram,
Que as nossas almas se fundiram,
Ao mesmo tempo que me dizias "Amar-te-ei para sempre!"
Não me lembro se ri, se chorei,
Mas recordo que te olhei,
Olhos nos olhos,
E senti que tudo aquilo era genuíno.
Ainda hoje,
Quando chove,
Tenho vontade de sair para a rua
E deixar que a chuva me penetre
- quantas vezes o faço!
Ninguém é capaz de entender,
Mas, para mim,
Essa passou a ser a melhor sensação do mundo!"
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